Um ataque armado a um hotel na cidade de Beledweyne, na região central da Somália, resultou na morte de pelo menos quatro pessoas, nesta terça-feira, 11 de Março.
O ataque, realizado por homens armados, teve como alvo um encontro de anciãos locais e autoridades do governo que discutiam estratégias para combater o grupo militante islâmico Al Shabaab.
O hotel Qahira foi cercado pelos atacantes, desencadeando um intenso tiroteio com as forças do governo, Segundo relatos, partes do hotel foram reduzidas a escombros, Dahir Amin Jesow, legislador federal de Beledweyne, informou que alguns combatentes do Al Shabaab foram mortos em becos próximos durante a operação de expulsão.
O grupo Al Shabaab assumiu a responsabilidade pelo ataque, reivindicando a morte de mais de 10 pessoas. Em um comunicado, o grupo terrorista, ligado à Al Qaeda, afirmou que o ataque tinha como objetivo interromper as discussões sobre o combate ao grupo na região.
Abdullahi Fidow, um ancião do clã em Beledweyne, relatou que a reunião no hotel visava discutir formas de combater o Al Shabaab na região, “Eu deveria comparecer à reunião, mas me atrasei porque estava ocupado com um problema familiar. As explosões ocorreram antes de eu chegar ao hotel”, disse Fidow à Reuters.
Testemunhas relataram ter ouvido uma grande explosão seguida de tiros, e posteriormente uma segunda explosão. O ataque gerou pânico na região, com relatos de tiros intermitentes enquanto o cerco continuava.
O Al Shabaab, que busca derrubar o governo somali e estabelecer um governo baseado em sua interpretação da lei islâmica Sharia, frequentemente realiza ataques e bombardeios na Somália. A nação do Chifre da África enfrenta uma longa luta contra o grupo militante, que continua a representar uma grande ameaça à segurança e estabilidade da região.