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‎Activistas denunciam invasão e agressão violenta por parte da Polícia em Luanda

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Movimento Contra a Subida dos Combustíveis acusa autoridades de perseguição e brutalidade sistemática contra defensores de direitos humanos

LUANDA, (O SECRETO) – O Movimento Contra a Subida dos Combustíveis (MCSC) emitiu uma denúncia contundente na manhã desta terça-feira, 29 de Julho, relatando um novo episódio de repressão violenta contra activistas em Angola.

E uma nota oficial, em que o “O Secreto” teve acesso, agentes da Polícia de Intervenção Rápida, PIR, invadiram, durante a madrugada, a residência da activista Laurinda Gouveia, onde, na ausência dela, seu esposo, Agostinho, foi brutalmente agredido e deixado inconsciente.

O movimento classificou o episódio como “mais um acto de brutalidade e perseguição dirigida a cidadãos que exercem o legítimo direito à livre expressão e manifestação”, condenando o que considera uma acção ilegal, desproporcional e sem respaldo judicial.

“Estamos diante de uma escalada de repressão sangrenta contra vozes dissidentes,  a invasão domiciliar sem mandado e a agressão bárbara ao cidadão Agostinho representam graves violações dos direitos humanos e da Constituição angolana”, lê-se no comunicado.

Agostinho encontra-se em estado crítico, necessitando de cuidados médicos urgentes, a activista Laurinda Gouveia, conhecida pela sua actuação em defesa dos direitos sociais e pelas manifestações contra a política de preços dos combustíveis, não se encontrava em casa no momento do ataque.

O MCSC apresentou uma série de exigências às autoridades:

Responsabilização imediata dos agentes envolvidos na ação violenta;

Cessação da repressão e perseguição sistemática a defensores de direitos humanos;

Garantias de segurança para Laurinda Gouveia, sua família e demais activistas ameaçados.

O movimento também apela à comunidade internacional e às organizações de direitos humanos para que acompanhem de perto o caso e pressionem o estado angolano a respeitar seus compromissos constitucionais e internacionais em matéria de direitos civis e políticos.

Até o momento da publicação desta reportagem, o Ministério do Interior ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.

O caso reacende o debate sobre a crescente militarização da resposta estatal frente a manifestações populares em Angola e levanta sérias preocupações quanto à liberdade de expressão e à segurança dos cidadãos que desafiam as decisões do governo.‎

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