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Angola ainda sonha ao apuramento para o Mundial em que praticamente impossível

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A Seleção Nacional de Futebol de Angola ainda mantém uma esperança matemática de se qualificar para o Mundial de 2026, mas a realidade no campo das eliminatórias da CAF é bastante dura, apesar da victória por 3-1 sobre as Maurícias nesta terça-feira, 9 de setembro, no jogo da oitava jornada, as possibilidades de apuramento estão praticamente encerradas.

Com este resultado, os Palancas Negras somam agora 10 pontos e ocupam a quarta posição do Grupo D. Camarões, segundo colocado, já conta com 15 pontos, e a Líbia lidera com 16. Angola, mesmo que vença os dois jogos restantes, chegaria apenas a 16 pontos, o que a deixa a depender de uma combinação altamente improvável de resultados entre os outros grupos para ser uma das quatro melhores segundas colocadas ,e mesmo assim, com critérios de desempate desfavoráveis.

Uma vitória com sabor amargo

A vitória sobre as Maurícias trouxe mais alívio do que entusiasmo. Para muitos adeptos e analistas, o jogo serviu mais como um gesto simbólico de gratidão aos que ainda acompanham a campanha da seleção do que como um verdadeiro passo rumo ao Mundial.

O comentarista desportivo Josemar Vieira, em entrevista ao “O Secreto”, após o jogo, foi directo em afirmar que, “Independentemente do resultado, a seleção já sabia que, mesmo ganhando com boa vantagem, o curso da qualificação não seria alterado, a campanha terminou aos trancos e barrancos. Agora, o que resta é fazer um balanço honesto.”

Críticas à gestão técnica e federativa

Josemar Vieira, apontou duras críticas à forma como a Federação Angolana de Futebol, FAF, tem gerido as convocatórias e o papel do selecionador Pedro Gonçalves:

“Há uma dependência excessiva de influências internas. Jogadores são convocados ou deixados de fora não por mérito, mas por orientações superiores. Isso compromete totalmente a autonomia técnica.”

Casos como a ausência de Bastos Sangue ou a insistência na titularidade de jogadores como Gaspar foram citados como exemplos de ingerência. Para o comentarista, a falta de liberdade do técnico é um entrave real:

“É preciso que o treinador tenha 100% de independência. Só assim é possível construir uma seleção forte e coerente.”

Futuro incerto, mas não impossível

Embora o Mundial de 2026 já pareça distante, há quem defenda que o foco deve mudar desde já para a preparação do próximo ciclo, pensando já no Mundial de 2030.

“Temos de rever o modelo, corrigir erros técnicos e administrativos, e começar a planejar com seriedade. A culpa não é da FIFA nem da CAF, é interna”, reforça Josemar.

A derrota para Cabo Verde em casa e a mais recente contra a Líbia foram determinantes para esta eliminação precoce. A campanha ficou manchada por decisões questionáveis e falta de consistência em campo.

Matemática falhada e que não ajuda

No entanto, mesmo que Angola vença os dois jogos restantes, apenas vai alcançar 16 pontos, considerando o desempenho das demais seleções nos outros grupos da CAF, esse total dificilmente será suficiente para estar entre os quatro melhores segundos colocados que disputarão a repescagem. A derrota para a Líbia foi, para muitos, o ponto final nas ambições angolanas.

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