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Angola regista mais de três mil mortes por ano nas estradas

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LUANDA (I SECRETO) – O país regista, em média, 3.120 mortes por ano provocadas por acidentes rodoviários, o equivalente a cerca de nove óbitos por dia, a alarmante estatística foi revelada nesta sexta-feira, 19 de Setembro, em Luanda, pelo Ministro do Interior, Manuel Homem, durante um encontro com jornalistas, no âmbito do programa nacional “Estrada Sem Morte”.

‎O evento, promovido pelo Ministério do Interior, contou com a presença de representantes da comunicação social, das igrejas e de outros segmentos da sociedade civil, numa iniciativa que visa criar um diálogo pela vida e reforçar as ações de prevenção rodoviária. O programa, de execução anual, surge com o objetivo claro de reduzir o número de vítimas mortais nas estradas angolanas, através de ações coordenadas, educativas e de fiscalização

‎ “Enquanto Estado, enquanto sociedade, a realidade actual preocupa-nos profundamente. Por isso, estamos aqui para mobilizar todos os actores sociais, incluindo as igrejas, as escolas e os meios de comunicação, para juntos invertermos esse cenário trágico,” declarou Manuel Homem.

Por outro lado, ‎o ministro destacou que 70% dos acidentes no país são causados por negligência humana, com ênfase no consumo de álcool ao volante e o desrespeito pelas regras de trânsito. Ainda assim, referiu que problemas técnicos também contribuem para os sinistros, nomeadamente a má conservação das vias, a ausência de sinalização adequada e o estado mecânico dos veículos.

‎Sobre as críticas dirigidas a certos comportamentos de agentes da Polícia Nacional – nomeadamente a cobrança de subornos (“gasosas”) – o ministro foi direto:

‎ “Temos consciência dessa realidade. Assim como há maus elementos na polícia, também os há em outras profissões. Mas estamos a trabalhar para corrigir isso. A fiscalização será reforçada e todos devem cumprir a lei,” afirmou.

O responsável do ministério, avança ai‎nda que, a nova estratégia inclui a identificação de pontos críticos nas estradas, o reforço da fiscalização urbana (com metas de até 84% de cobertura), e a introdução de fiscalizadores independentes para supervisionar a atuação dos próprios agentes.

‎Para o comandante geral da Polícia Nacional, Francisco Ribeiro, haverá um aumento significativo do efetivo policial nas estradas, com foco nas zonas urbanas, onde ocorre a maioria dos acidentes.

No entanto, ‎ o programa “Estrada Sem Morte” pretende transformar a forma como Angola encara a segurança rodoviária: com educação, fiscalização rigorosa, infraestrutura adequada e responsabilização. A meta é clara: reduzir drasticamente o número de vidas perdidas nas estradas do país.

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