Existe dentro do Ministério da Saúde, uma cultura que prejudica diretamente os cidadãos, marcada pela ausência de “higiene mental”, representando a incapacidade profissional em oferecer um atendimento humano e afectivo aos pacientes, diz Kanguimbo Ananás.
Para a escritora, a falta de sensibilidade e profissionalismo no sector da saúde em Angola, esta a levar muitos angolanos a ir a buscar de tratamentos no exterior, mesmo quando há quadros locais capacitados para melhorar o sistema de saúde.
Por outro lado, o reconhecimento profissional não pode depender de relações pessoais ou favorecimentos dentro das instituições, “promover alguém apenas por ser amigo do chefe revela falta de energia mental”, sublinhou.
Ananás, avança ainda que, todos os funcionários têm o direito de serem valorizados com base no mérito e no desempenho, e não por proximidade hierárquica, para ela, a desmotivação crescente entre os profissionais de saúde decorre, em grande parte, das condições precárias de trabalho, o que compromete o bom funcionamento do sistema, adiantando que, a importância do humanismo na medicina, e na a recuperação dos pacientes também depende do tratamento digno e empático que recebem.
Kanguimbo Ananás, lamenta ainda, a ausência da direcção executiva da Ordem dos Médicos de Angola no lançamento do mini-documentário, que representa uma iniciativa pioneira na área da pediatria, este projecto, merece reconhecimento por trazer à tona vivências reais dos médicos angolanos e por ser uma ferramenta educativa e sensibilizadora para a classe médica.