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Fórum Internacional de Língua Portuguesa reúne académicos na UCAN

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A Universidade Católica de Angola, UCAN, acolheu, em Outubro de 2025, a quinta edição do Fórum Internacional de Língua Portuguesa, FoLP 5, organizado pela sua Cátedra de Língua Portuguesa, CaLP, UCAN, Sob o lema “Línguas e letras das Dipandas dos PALOP”, o encontro integrou as comemorações dos 50 anos das independências de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, destacando o papel das línguas e literaturas na luta anticolonial.

A sessão de abertura, presidida pela Magnífica Reitora da UCAN, Irmã Doutora Maria da Assunção, contou com a presença de diversas personalidades, entre as quais o antigo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, homenageado durante o evento. Na ocasião, a Reitora sublinhou o carácter reflexivo e celebrativo do FoLP, considerando-o um espaço privilegiado para a partilha de saberes e valorização das conquistas históricas dos PALOP.

Realizado no Edifício de Extensão Universitária Michael L. Kennedy, o fórum reuniu investigadores, especialistas e escritores durante dois dias de intensos debates. O primeiro dia foi marcado por duas conferências magistrais: Pepetela falou sobre a evolução da sua obra “da literatura da guerrilha às letras da dipanda”, enquanto João Melo defendeu a assunção do português como uma das línguas nacionais angolanas, destacando o seu percurso sociolinguístico no país. Seguiram-se duas mesas-redondas dedicadas ao papel da literatura e das línguas nas lutas de libertação dos PALOP, além de uma comunicação livre do escritor José Luís Mendonça, intitulada “Kwanza: futuro nome de Angola”.

No segundo dia, a Professora Ana Maria Martinho, da Universidade Nova de Lisboa, apresentou a conferência “Relevância geoestratégica e geopolítica das Línguas no espaço da CPLP”, destacando o português como instrumento estratégico de influência internacional. O programa prosseguiu com uma comunicação do Professor Luciano Luseque, que reflectiu sobre as dificuldades do ensino do português na província do Bié. Os trabalhos encerraram com uma mesa-redonda dedicada aos 50 anos do ensino de línguas nos PALOP, reunindo representantes de todos os países lusófonos africanos.

Avaliado de forma amplamente positiva, o FoLP 5 consolidou-se como um espaço de diálogo transversal e cooperação cultural, literária e académica entre os países de língua portuguesa, reforçando a UCAN como um dos polos mais activos na promoção da lusofonia em África.

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