LUANDA ( O SECRETO) – Durante a sessão do Conselho de Ministros, nesta quarta feira, 30 de Julho, o Ministro do Interior, Manuel Homem, apresentou uma actualização detalhada sobre a situação da segurança pública no país, com destaque para os recentes episódios de vandalismo registados em algumas províncias, sobretudo em Luanda.
Nos últimos dois dias, áreas da capital angolana, particularmente na zona da Prevenção de Luanda, foram palco de acções que o governo classificou como “actos de vandalismo”. Incidentes semelhantes foram também registados nas províncias do Huambo, Benguela e Huíla.
Para ministro Manuel Homem, apesar da gravidade dos acontecimentos, a situação no país é considerada estável e sob controlo. “Queremos transmitir aos cidadãos que os órgãos da Polícia Nacional e da Segurança Nacional estão firmemente empenhados em garantir a paz social e a estabilidade que todos almejamos”, afirmou.
Balanço dos Distúrbios
O balanço oficial aponta para 22 mortos, incluindo um agente da Polícia Nacional, que perdeu a vida em serviço na província de Icolo e Bengo, registando ainda, 197 feridos e 1.214 cidadãos detidos por envolvimento em atos de vandalismo, pilhagem e destruição de bens públicos e privados.
Entre os danos materiais contabilizados, destacam-se:
66 lojas vandalizadas, pertencentes a diferentes redes comerciais;
Agências bancárias danificadas;
Viaturas privadas e institucionais destruídas, incluindo viaturas da Polícia Nacional, ambulâncias e autocarros de transporte público.
O Ministério do Interior garante que medidas foram imediatamente adotadas para restaurar a ordem pública e assegurar o retorno à normalidade nas regiões afetadas.
Regresso à Normalidade em Luanda
Na capital, os serviços públicos e os meios de transporte coletivo já voltaram a operar com regularidade. “A cidade de Luanda retomou o seu ritmo normal. As forças de segurança permanecem no terreno para garantir que a paz e a estabilidade não sejam novamente comprometidas”, assegurou o ministro.
Direito à Manifestação com Limites Claros
O Governo reiterou que o direito à manifestação está garantido por lei, desde que exercido de forma pacífica. No entanto, advertiu que atos de vandalismo e desordem pública não serão tolerados.
No entanto, “ a Polícia existe para proteger os cidadãos, as famílias e os interesses sociais e económicos do país. Continuaremos atentos e prontos para dar uma resposta proporcional a cada situação”, concluiu Manuel Homem.