Governo ucraniano e norte-americanas reuniram, hoje, terça feira, 11 de Março, na Arábia Saudita, com objectivo de encontrar uma solução para o conflito entre Ucrânia e Rússia.
As negociações ocorrem em um momento crítico, poucas horas após as forças ucranianas lançarem o maior ataque de drones contra Moscou desde o início da guerra.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, deposita esperanças de que a reunião em Jeddah possa reestabelecer laços “pragmáticos” com os Estados Unidos, após um encontro conturbado com o ex-presidente americano Donald Trump no mês passado. Zelenskiy propôs um cessar-fogo inicial com a Rússia, abrangendo o espaço aéreo e marítimo.
A medida é vista como uma tentativa de demonstrar que o governo ucraniano está empenhado em alcançar o objetivo de Trump de encerrar o conflito de forma rápida. Anteriormente, Trump havia acusado Zelenskiy de não estar aberto a negociações de paz e iniciado conversas diretas com a Rússia.
“A reunião começou de forma muito construtiva”, declarou Andriy Yermak, chefe de gabinete de Zelenskiy e líder da delegação ucraniana, em uma mensagem no Telegram.
Os aliados europeus da Ucrânia acompanham atentamente o desenrolar das negociações, buscando sinais de melhora ou deterioração nas relações entre Kiev e Washington. A política americana em relação à guerra sofreu alterações sob a gestão de Trump, aumentando a pressão sobre a Ucrânia.
Os Estados Unidos interromperam a assistência militar e suspenderam o compartilhamento de informações de inteligência com Kiev. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, expressou a Trump, durante um encontro na segunda-feira, a esperança de que tais medidas possam ser revertidas como resultado das negociações em Jeddah.
“Caros americanos, queridos ucranianos, não desperdicem esta chance. O mundo inteiro está observando vocês em Jeddah hoje. Boa sorte!”, declarou o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, em sua conta da rede social Twitter.
O resultado das negociações em Jeddah é aguardado com expectativa pela comunidade internacional, em busca de um desfecho para o conflito que se arrasta há meses.