Crónica de Mido dos Santos
Nas bancas de jornais e nas telas dos telejornais, tudo parece correr bem — ou, pelo menos, importante demais para lembrar de quem anda a pé, com fome e sem voz. As manchetes gritam sobre comitês, discursos, inaugurações e polémicas políticas, enquanto o povo grita em silêncio nos becos, nos mercados e nas paragens lotadas.
O jornalismo, em tempos, foi ponte entre o poder e o povo. Hoje, muitas vezes, parece apenas o eco do palácio. Onde estão as histórias do Zeca que faz pão às 4 da manhã para sustentar os filhos? Ou da senhora Rosa que há 10 anos ensina debaixo de uma mangueira por falta de escola?
O problema não é só o que se publica — é o que se escolhe calar. A nova geração de jornalistas corre atrás do “viral”, esquecendo o “essencial”. E a velha guarda, muitas vezes, acomoda-se ao que dá menos trabalho ou conflito. Poucos querem perder privilégios por amor à verdade.
Mas o povo não é burro. Sabe quando é esquecido. Sabe quando só vira pauta em tempos de campanha. E Nas bancas de jornais e nas telas dos telejornais, tudo parece correr bem — ou, pelo menos, importante demais para lembrar de quem anda a pé, com fome e sem voz. As manchetes gritam sobre comitês, discursos, inaugurações e polémicas políticas, enquanto o povo grita em silêncio nos becos, nos mercados e nas paragens lotadas.
O jornalismo, em tempos, foi ponte entre o poder e o povo. Hoje, muitas vezes, parece apenas o eco do palácio. Onde estão as histórias do Zeca que faz pão às 4 da manhã para sustentar os filhos? Ou da senhora Rosa que há 10 anos ensina debaixo de uma mangueira por falta de escola?
O problema não é só o que se publica — é o que se escolhe calar. A nova geração de jornalistas corre atrás do “viral”, esquecendo o “essencial”. E a velha guarda, muitas vezes, acomoda-se ao que dá menos trabalho ou conflito. Poucos querem perder privilégios por amor à verdade.
Mas o povo não é burro. Sabe quando é esquecido. Sabe quando só vira pauta em tempos de campanha. E ainda assim, resiste. Inventa jornalismo no WhatsApp, grava vídeos na rua, faz da internet o seu novo microfone.
ainda assim, resiste. Inventa jornalismo no WhatsApp, grava vídeos na rua, faz da internet o seu novo microfone.




