No cenário político angolano em transformação, Rafael Massanga Savimbi, o filho do fundador da UNITA, anunciou oficialmente a sua pré-candidatura à presidência do partido, num momento que considera decisivo para o futuro da organização e do país.
O anúncio foi feito nas suas redes sociais, no contexto da preparação do 14º Congresso Ordinário da UNITA.
Inspirando-se nas histórias heroicas da sua infância e no legado ancestral da resistência angolana, Massanga, afirmou que, a sua decisão é fruto de uma profunda reflexão sobre o papel da UNITA no momento atual do país, que em breve assinala 50 anos de independência. Para o candidato, este meio século foi marcado por um ciclo vicioso de má governação liderado pelo mesmo partido, responsável, segundo ele, por sufocar as aspirações do povo e manter Angola refém da pobreza e da corrupção.
Evocando a memória do seu bisavô Sacaita, combatente na histórica batalha do Bailundo, e da fundação da UNITA em 1966, Savimbi reafirmou o espírito de luta do projeto “Muagai”, conceito que representa liberdade, soberania, democracia e justiça social. Defende uma UNITA renovada, mas fiel à sua essência, capaz de se afirmar como alternativa credível no atual contexto político.
O candidato destacou o papel dos líderes anteriores do partido, desde Jonas Savimbi até Adalberto Costa Júnior — elogiando o esforço coletivo que manteve viva a chama do movimento ao longo das décadas. Sublinhou que a vitalidade democrática da UNITA, demonstrada pelo princípio das múltiplas candidaturas à presidência, é um exemplo nacional de maturidade política.
“Todos contam” é o lema da sua candidatura. Com este mote, Rafael Savimbi pretende unir militantes, juventude, sociedade civil e forças vivas da nação em torno de uma agenda de transformação real. Enfatiza a urgência de romper com as velhas práticas de governação e instaurar uma alternância política que responda às necessidades do povo, em especial da juventude, que, segundo ele, deve ser protagonista da mudança.
A pré-candidatura apresentada não é apenas uma ambição pessoal, mas uma convocatória à ação patriótica. Para o Rfael Massanga, a UNITA deve ser um instrumento de construção nacional, voltado para o futuro, com soluções concretas e inovadoras para os desafios contemporâneos de Angola.
Num discurso carregado de simbolismo histórico e apelo à responsabilidade coletiva, Rafael Massanga Savimbi encerrou com um chamado à esperança: “Todos contam para edificar a Angola que merecemos e garantir um futuro melhor para todos.”