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FLEC-FAC pedi apoio da comunidade Internacional para independência de Cabinda

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A Frente de Libertação do Enclave de Cabinda e Forças Armadas Cabindesas, FLEC-FAC, reafirmou recentemente seu compromisso com a luta pela autodeterminação do povo de Cabinda, e pede apoio internacional para alcançar os objectivos da província rico em petróleo.

Em comunicado divulgado nesta domingo, 29 de Novembro, nas redes sociais, a organização anuncia que as suas forças permanecem activas e operacionais em várias zonas estratégicas do território, reiterando a continuidade da resistência armada e o objectivo de alcançar a independência de Cabinda.

 a FLEC-FAC recentemente fez um exercício táctico realizado nas densas florestas de Cabinda, onde as suas tropas demonstraram grande disciplina, coordenação e uma preparação estratégica sólida, lê-se no comunicado, avançando ainda que as suas operações visa, não apenas para testar a capacidade de combate, mas também reforçar a unidade e a determinação das forças cabindesas na luta pela soberania do enclave, que se encontra sob administração de Angola desde a década de 1970.

O comunicado destaca a importância das operações militares, não apenas para garantir a segurança das forças da FLEC-FAC, mas também como forma de afirmar a presença e a resistência do movimento nas regiões-chave do território de Cabinda.

Por outro lado, a organização sublinha que a presença activa das suas unidades nas florestas e áreas de difícil acesso é um símbolo da sua determinação em resistir àquilo que considera uma ocupação estrangeira e ilegítima de seu território.

“A luta pela liberdade e autodeterminação do povo de Cabinda continua firme e inabalável. Não haverá paz verdadeira enquanto não for reconhecido o direito legítimo de nosso povo à soberania plena sobre o seu território”, declarou o porta-voz da FLEC-FAC no comunicado. A organização afirmou que o governo angolano, ao longo dos anos, tem ignorado as aspirações do povo de Cabinda, utilizando-se de uma política de repressão e silenciamento das vozes que clamam por um futuro independente.

A FLEC-FAC também fez um apelo à comunidade internacional, solicitando que observe com mais atenção a situação em Cabinda e pressione por uma solução pacífica e justa para o conflito. A organização pediu que as Nações Unidas, a União Africana e outras entidades internacionais assumam um papel mais ativo na promoção do diálogo e no reconhecimento da causa cabindesa, que considera uma questão de direitos humanos, liberdade e justiça.

Conflito Histórico

A questão de Cabinda remonta à história colonial portuguesa e à descolonização da África. Após a independência de Angola em 1975, Cabinda, uma província rica em recursos naturais como petróleo e gás, foi incorporada ao novo Estado angolano, apesar de se tratar de um enclave geograficamente separado do restante do país. Desde então, diversos grupos armados, incluindo a FLEC-FAC, têm lutado pela independência do território, alegando que o povo de Cabinda tem o direito de decidir seu próprio destino sem a imposição de um governo estrangeiro.

O conflito tem sido marcado por confrontos intermitentes, com períodos de intensa violência, mas também de tentativas frustradas de negociações de paz. A FLEC-FAC, que desde a sua fundação na década de 1960 tem sido um dos principais movimentos de resistência, afirmou que suas ações visam restaurar a dignidade do povo de Cabinda e garantir que seus direitos não sejam violados.

O Apelo por Justica

O comunicado da FLEC-FAC terminou com um forte apelo à comunidade internacional para que intensifique a pressão sobre Angola para uma resolução justa do conflito. A organização argumenta que uma solução duradoura para a questão de Cabinda não pode ser alcançada sem que se reconheça o direito do povo cabindês à autodeterminação, e que isso deve ser levado em consideração em qualquer iniciativa de paz.

“A luta por Cabinda não é apenas uma luta armada, mas uma luta pela dignidade, liberdade e justiça. Apelamos à comunidade internacional para que se una a nós na busca por uma solução que respeite os direitos humanos e os desejos do povo de Cabinda”, afirmou a FLEC-FAC.

Com o fortalecimento das suas operações no terreno, a organização parece determinada a continuar a resistência, enquanto pressiona por uma maior visibilidade internacional para a causa da independência de Cabinda. A situação, que já dura várias décadas, continua a ser uma das questões não resolvidas mais complexas e desafiadoras da África contemporânea.

 

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