O desfalque de 7 mil milhões de Kwanzas na Administração Geral Tributária, AGT, em Angola, protagonizado por dois funcionários da instituição, expôs fragilidades nos sistemas de controlo e segurança, e desencadeou uma onda de indignação pública.
Os dois funcionários da AGT, com acesso privilegiado aos sistemas internos, arquitetaram um esquema de desvio de fundos que consistia na realização de 1.500 operações fraudulentas, transferindo dinheiro das contas do Estado para contas próprias.
As investigações do Serviço de Investigação Criminal, SIC, que revelaram a dupla que actuava em associação criminosa, e, em que, outros funcionários e indivíduos externos podem estar implicados.
Impacto na Economia e na Sociedade
O roubo de 7 mil milhões de kwanzas representa um duro golpe para a economia angolana, especialmente num contexto de dificuldades financeiras, os desvios constantes de recursos públicos, tem estado a prejudicar o investimento em áreas cruciais como saúde, educação e infraestruturas, minando a confiança dos cidadãos nas instituições.
Este escândalo levanta sérias questões sobre a segurança dos sistemas de informação da AGT e a necessidade urgente de reforçar os mecanismos de controlo para proteger o erário público, dizem os cidadãos.
Por outro lado, este caso exige uma reflexão profunda das pessoas que gerem o dinheiro do povo, a terem maior controle e muitas responsabilidades sobre a coisa pública, e impõe a adoção de medidas urgentes e eficazes para evitar a repetição de tais crimes.
O governo deveria adotar essas medidas
Reforço da segurança cibernética: Investir em tecnologias de ponta e protocolos de segurança para proteger os sistemas da AGT contra acessos não autorizados e ataques cibernéticos.
Auditoria interna e externa: Realizar auditorias regulares e independentes para identificar e corrigir vulnerabilidades nos sistemas da AGT, e para investigar e punir os responsáveis por fraudes e desvios.
Fortalecimento dos mecanismos de controlo: Implementar mecanismos de controlo mais rigorosos, como a segregação de funções e a exigência de múltiplas assinaturas para autorizar transações financeiras.
Promoção da transparência e da prestação de contas: Divulgar informações sobre a gestão dos recursos públicos e os resultados das auditorias para aumentar a transparência e a responsabilização dos gestores.
Combate à impunidade: Garantir que os responsáveis por crimes de corrupção e desvio de recursos sejam investigados, julgados e punidos de forma exemplar.
No entanto este tipo de escândalo na AGT é um caso grave que exige uma resposta firme e determinada do governo angolano, tomar medidas essenciais para fortalecer a instituição, proteger os recursos públicos para restaurar a confiança dos cidadãos.
A luta contra a corrupção deve ser uma prioridade nacional, e o governo precisa demonstrar um compromisso real com a transparência, a ética e a justiça.