O Grupo Parlamentar da UNITA, GPU, emitiu uma nota de imprensa denunciando o desvio de 7 mil milhões de kwanzas da Administração Geral Tributária, AGT, e exige uma investigação profunda do caso, com a responsabilização política, civil e criminal dos culpados.
Para o maior partido na oposição angolana, este escândalo é mais um exemplo da “crise de confiança” e da “cultura de probidade” dos gestores públicos, e levanta sérias dúvidas sobre a segurança do sistema financeiro nacional.
Partido fundado pelo Jonas Savimbi, avança ainda que, o valor desviado pode ser ainda maior, ultrapassando os 80 mil milhões de kwanzas, e que este e outros casos recentes de corrupção, como os do Serviço de Migração e Estrangeiros, SME, e do Tribunal Supremo, demonstram a necessidade urgente de uma reforma na gestão do erário público.
O partido liderado por Adalberto Costa Júnior considera que estes escândalos são inaceitáveis, e que a falta de ação do executivo para resolver os problemas do país tem contribuído para a estagnação do desenvolvimento e para a morte de muitos angolanos por falta de acesso a serviços básicos como saúde, educação e saneamento.
A nota em que, O Secreto, teve acesso, a UNITA pede audições parlamentares aos Ministros de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, da Defesa, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, do Interior, das Relações Exteriores, dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, e, em separado, os Ministros da Juventude e Desportos, das Finanças e da Saúde.
Por outro lado, o Galo Negro, solícita informações detalhadas sobre diversos assuntos, incluindo a situação militar e do contingente das FAA na República Democrática do Congo, a suspensão do processo de incorporação nas Forças Armadas Angolanas, o contrabando de combustíveis, o atraso salarial dos funcionários das embaixadas angolanas, o desvio de impostos na AGT, o surto de cólera no país, e outros temas.
No entanto, o Grupo Parlamentar da UNITA, apela aos quadros angolanos para que se abstenham de práticas lesivas aos bens públicos e primem pela probidade, ética e transparência na gestão dos recursos do Estado, colocando sempre o interesse nacional acima de tudo.