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UNITA reafirma compromisso democrático na abertura do XIV congresso

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LUANDA (O SECRETO) — O presidente cessante da UNITA, Adalberto Costa Júnior, abriu o XIV Congresso Ordinário do partido com um discurso marcado por apelos à responsabilidade, à memória histórica e ao reforço do compromisso democrático.

Congresso que tem a participação de 1.251 delegados provenientes de todas as províncias e municípios do país, o dirigente sublinhou que o encontro representa “um momento maior da vida política nacional” e um marco na renovação das responsabilidades políticas da organização.

‎Ao tomar a palavra, Adalberto Costa Júnior destacou a honra e o “profundo sentido de responsabilidade” que acompanham a realização do Congresso, afirmando que este simboliza a maturidade de um projeto político que continua fiel à verdade, à liberdade e à dignidade do cidadão angolano. “Este não é apenas um encontro estatutário, mas um ato de afirmação da maturidade democrática do partido”, declarou.

‎O líder cessante recordou que a UNITA enfrentou tempos difíceis, resistiu a tentativas de silenciamento e manteve-se fiel ao seu legado e missão histórica. Acrescentou que o Congresso não se limita a celebrar o passado, mas a preparar o futuro de Angola, orientado por princípios de justiça, coragem e compromisso patriótico.

‎Um dos momentos centrais do discurso foi dedicado ao valor da memória política. Adalberto Costa Júnior evocou figuras históricas que marcaram o percurso da organização, com destaque para o fundador, Jonas Malheiro Savimbi, lembrado como um defensor de uma Angola plural, democrática e socialmente justa.

‎O Congresso reúne representantes eleitos de todos os órgãos do partido, delegados das conferências comunais, municipais e provinciais, encarregues de avaliar o percurso da UNITA desde o último Congresso, realizado em 2021. No seu balanço, o presidente cessante destacou avanços significativos, como o reforço da democracia interna, a expansão do partido por todas as províncias e a consolidação da sua ação política, incluindo o desempenho da Frente Patriótica Unida nas eleições de 2022.

‎Adalberto Costa Júnior aproveitou para reconhecer o empenho de dirigentes, quadros e militantes que, “nas condições mais adversas”, mantiveram viva a ação do partido. Sublinhou que a UNITA continua a guiar-se por princípios adotados desde 1976, baseados na direção coletiva e na busca da legitimidade junto das bases.

‎Outro ponto destacado no discurso foi a participação do partido no Congresso Nacional da Reconciliação, organizado pela CEAST. O líder sublinhou a pertinência do debate sobre os 50 anos de Angola independente e reafirmou que as contribuições ali apresentadas constituem um importante passo para fortalecer a reconciliação nacional e projetar um futuro mais inclusivo.

‎Ao abordar as comemorações do 50.º aniversário da independência, a UNITA reiterou o reconhecimento do papel do povo angolano como protagonista da libertação nacional, bem como a importância de se prestar homenagem equitativa aos três signatários dos Acordos de Alvor — António Agostinho Neto, Jonas Savimbi e Holden Roberto. O dirigente criticou, no entanto, o elevado custo das celebrações num contexto de dificuldades sociais, considerando-o um sinal de falta de sensibilidade patriótica.

‎A UNITA reafirma que os 50 anos de independência devem ser celebrados sob os valores da unidade, reconciliação e inclusão, princípios que, segundo Adalberto Costa Júnior, continuarão a guiar a atuação política do partido.

‎O XIV Congresso decorre sob expectativas importantes, enquanto a UNITA se prepara para definir estratégias e eleger direções que irão conduzir o partido nos próximos quatro anos.

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