A recém-estruturada Associação Comunitária Consciência Positiva, ACCP, apresentou recentemente, a direcção municipal do Sambizanga, em Luanda.
O evento que marcou um passo significativo na expansão da organização e no reforço da sua missão de retirar jovens da criminalidade e reintegrá-los na sociedade através da educação, formação profissional e palestras comunitárias.
Durante apresentação os responsáveis da ACCP, deixaram claro que a associação não tem qualquer vínculo com o grupos e práticas do passado associadas à chamada “Turma do Apito”.
“Somos uma nova estrutura, com nova visão e novos métodos, respeitamos as iniciativas anteriores, mas seguimos outro caminho, legal e transparente, aguardando apenas a publicação no Diário da República para completar o nosso processo de legalização junto ao Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos”, disse um dos líderes da associação.
A ACCP tem como prioridade a mobilização de jovens em situação de vulnerabilidade social, oferecendo alternativas concretas ao crime e ao desemprego, através da sua escola comunitária, em parceria com o Ministério da Educação, em que a associação já conseguiu reintegrar 87 jovens e adultos que haviam abandonado os estudos.
Por outro lado, a instituição pertencente a ACCP, opera tanto no ensino geral quanto no programa de Alfabetização e Aceleração Escolar, PAAE, (Ensino de Adultos), como a Alfabetização, os módulos 1,2 e 3 de forma a preparação para aprender a ler e escrever, as crianças, jovens e adultos com atraso escolar.
Para os dirigentes da associação, além da educação formal, a ACCP, desenvolve acções de formação técnica, como serralharia e mecânica, em oficinas comunitárias, com o objectivo de capacitar os jovens com habilidades práticas, os mesmos avançam ainda que, “temos mestres e mecânicos que abrem as portas das suas oficinas para formar esses jovens, desta forma, estamos a mostrar a eles que devem sairem das ruas e entrarem num novo caminho de dignidade”.
Associação, reafirma o seu modelo de actuação é baseada, principalmente na palavra e no diálogo comunitário, no formato de realização de palestras educativas em bairros e comunidades, muitas vezes em coordenação com a Polícia Nacional, “Acreditamos que o combate à criminalidade deve ser feito com palavras, não com armas, por isso que a nossa força é a prevenção, o aconselhamento e a informação”.