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Empresa brasileira prevê vitória do MPLA em Angola e levanta suspeitas de manipulação eleitoral

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BRASÍLIA (O SECRETO) – Sondagem que dava 50,76% dos votos ao partido no poder em Angola é apagada da internet após denúncia, e para angolanos vivem no Brasil acusam conluio entre governo e empresa de tecnologia

Uma suposta sondagem divulgada por uma empresa de tecnologia brasileira voltou a colocar as eleições angolanas sob os holofotes internacionais, em que a pesquisa previa a vitória do partido MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) nas eleições gerais de 2027, com 50,76% dos votos, contra 38,90% da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).

A publicação gerou reacção imediata tanto no Brasil quanto na comunidade angolana no exterior, sendo duramente criticada por organizações civis e cidadãos que questionam sua legitimidade. A sondagem foi retirada do ar após um sistema de rastreamento digital identificar e apagar os dados da rede, o que aumentou ainda mais a polémica.

Empresa já havia feito previsão em 2022

Esta é a segunda vez que a empresa tecnológica se envolve em controvérsias relacionadas às eleições em Angola. Em 2022, a mesma organização publicou uma sondagem que antecipava a victória do MPLA com 61,42% dos votos, resultado que, à época, foi alvo de críticas e acusações de fraude.

Actualmente, a empresa está impedida de publicar novas projecções eleitorais sobre Angola em seu site, conforme denúncias levantadas por grupos de vigilância digital no Brasil.

Acusações de conluio e fraude

Angolanos residentes no Brasil levantam sérias acusações contra o governo angolano, afirmando que há uma colaboração directa com a empresa brasileira e com a multinacional INDRA, responsável por sistemas de votação electrónica e gestão eleitoral em diversos países. Segundo os críticos, esse suposto acordo teria como objectivo fabricar uma imagem de vantagem eleitoral do MPLA, antecipando resultados irreais.

“A sondagem não condiz com a realidade de Angola. O povo está insatisfeito com a governação do MPLA e não acredito que esse regime alcance essas percentagens em 2027”, declarou Adelaide Rodrigues Manuel, estudante angolana residente em São Paulo. “Essas acções só dificultam os esforços por eleições justas e transparentes”.

Demanda por fiscalização internacional

A revelação reacende a necessidade de acompanhamento internacional mais rigoroso do processo eleitoral angolano. Organizações de direitos civis e membros da diáspora angolana cobram mais transparência, auditabilidade e neutralidade nas eleições, alertando que manipulações tecnológicas podem comprometer a integridade democrática do pleito.

Até o momento, o governo de Angola e a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) não se pronunciaram oficialmente sobre a sondagem ou as acusações.

 

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